Fé, o combustível invisível que impulsiona a humanidade, uma força silenciosa que molda valores, escolhas e dá sentido à nossa existência, seja nos momentos de luz ou de escuridão das trevas. Não existe uma fé engessada e suprema, os seres humanos são movidos por diversos tipos e formas de fés. A fé religiosa oferece um sentido de propósito e moralidade; a fé na ciência e no progresso guia a busca por conhecimento e inovação; e a fé no humanismo coloca a dignidade e o valor humano no centro das decisões éticas. A combinação complexa dessas fés é o que define a conduta moral de cada sociedade.
Durante muito tempo, prevaleceu a crença quase unânime de que a providência divina estava em ação, orquestrando os acontecimentos do mundo. A fé espiritual sempre foi uma característica intrínseca dos seres humanos, e a mão temente de Deus, sua haste no céu. A metáfora da “mão invisível de Deus” descreve como, em algumas interpretações religiosas e espirituais, uma força divina direciona os eventos na Terra para um propósito maior. Essa ideia é frequentemente evocada para explicar fenômenos que desafiam a realidade e trazem conforto em tempos de incerteza. De forma semelhante, esse conceito também carrega uma análise científica e econômica, pois, quando traçado um paralelo com a “mão invisível” de Adam Smith e com a mecânica quântica, as ações e intervenções não-observáveis impactam a realidade socioeconômica.
A mão invisível de George Soros
George Soros, conhecido por aplicar a Teoria da Reflexividade às finanças e fazer fortunas, tornou-se um notório usurpador da mão invisível do mercado financeiro. Segundo essa teoria, a economia não é apenas resultado de leis naturais, mas sim das ações e percepções de seus participantes. Ao financiar agendas progressistas, Soros está influenciando diretamente o imaginário coletivo e as narrativas que pipocam no ar. Isso gera mudanças nas expectativas econômicas, políticas e sociais, e cria condições para que ele lucre com as oscilações do mercado, pois ao moldar a percepção pública, ele cria cenários nos quais sua capacidade de prever mudanças e ajustar suas estratégias financeiras o coloca em vantagem, resultando em lucros expressivos. Ele “fabrica” e manipula situações econômicas que podem lhe render grandes retornos, prevendo e explorando essas tendências que ele mesmo turbinou. Por exemplo, ao apoiar pautas controversas, Soros pode gerar polarização ou instabilidade em determinados setores ou regiões, o que afeta diretamente a confiança dos investidores. Portanto, ao provocar esse rebuliço socioeconômico, cria-se oportunidades de lucro em mercados de ações, moedas e commodities, em que ele pode prever e se antecipar às reações do setor de investimentos.
Sorrateiramente, o especulador megalomaníaco George Soros assumiu o controle da “mão invisível”, agindo como uma espécie de Deus contemporâneo, criando discursos inflamados que alimentam o caos, observando e lucrando com o mesmo. Esse argumento se assemelha a conceitos da física quântica, como demonstrado no experimento da fenda dupla, em que a observação consciente influencia o desfecho de um evento. Sob essa perspectiva “quântica”, a observação ativa não apenas registra o fato, ela o transforma, assim como uma narrativa dominante molda a realidade ao ponto de tornar-se, de fato, a realidade em si.
A mecânica quântica e o experimento da fenda dupla
O experimento da fenda dupla é um dos mais intrigantes na física quântica e traz à tona questões profundas sobre a natureza da realidade e o papel de quem a observa.
No experimento, uma barreira com duas pequenas fendas é colocada entre um disparador de partículas (como fótons, elétrons ou outras partículas subatômicas) e uma tela ao fundo, que registra o impacto das mesmas. Quando essas partículas são lançadas na direção das fendas, algo surpreendente acontece: as partículas que passam pelas fendas, sem qualquer dispositivo de observação, adquirem um padrão típico de ondas. Isso é extremamente curioso, pois as partículas, como os fótons, são matéria, mas quando passam pelas fendas, elas se comportam como se fossem ondas, interferindo umas com as outras. O aspecto mais intrigante ocorre quando os cientistas colocam um dispositivo de observação (uma câmera, por exemplo) para monitorar o experimento. A presença de um observador altera o comportamento das partículas drasticamente, que deixam de agir como ondas e voltam a agir como matéria. Isso revela um fenômeno desconcertante: a simples ação de observar modifica o comportamento das partículas.
Até os dias de hoje, o que temos sobre a física quântica são interpretações variadas. Não há uma razão plena ou uma verdade absoluta, por isso ela é chamada de teoria das probabilidades. Entretanto, o experimento da fenda dupla levanta questões sobre a natureza da realidade e como ela pode ser transformada através do simples ato de observar. Em outras palavras, parece que a própria “consciência” de um observador tem um efeito direto sobre o comportamento da matéria, sugerindo que a realidade pode depender, em certa medida, de quem a observa — o ato de observar pode, de fato, influenciar o resultado. Essa descoberta teve grande impacto tanto no mundo da ciência como no mundo espiritual, abrindo espaço para diversas interpretações filosóficas, uma vez que há a constatação de que o universo pode ser transformado com o simples ato de usarmos a CONSCIÊNCIA. Isso nos diz que o universo é pura consciência.
Nesse multiverso de possibilidades, há um reino subterrâneo de existência que nunca pode ser tocado ou visto. O que alcançamos trata-se de um campo unificado que emerge na forma de vibrações, dando origem às partículas, às pessoas, a tudo que vemos no vasto cosmos, fundamentando nosso entendimento do mundo. Este campo unificado chama-se emaranhamento quântico, um evento surpreendente que sugere que duas ou mais partículas se conectam de tal forma que o estado de uma tem impacto instantâneo no estado da outra, não importando a distância entre elas. Einstein intitulou o entrelaçamento de “ação fantasmagórica à distância”, devido a essa conexão enigmática e instantânea, que desafia nossa compreensão da realidade. Por ser algo que foge da explicação convencional, a mecânica quântica vem sendo considerada por alguns especialistas o alicerce tão almejado entre ciência e fé espiritual.
“A matéria como tal não existe. Toda matéria se origina e existe apenas em virtude de uma força que traz a partícula de um átomo à vibração.”
Max Planck
Ciência: a nova religião
A conexão entre ciência e religião existe desde as eras nebulosas da antiguidade. Em certos períodos, a busca pelo divino e a busca pelo conhecimento do universo andavam de mãos dadas, mas em outros, conflitavam entre si. Na antiga Suméria, havia um deus para cada área do saber (por exemplo, o deus da astronomia, o deus da horticultura, o deus da irrigação etc.), de modo que os sacerdotes do templo eram os escribas e tecnólogos que investigavam esses campos de conhecimento. Na Grécia Antiga, mesmo com as narrativas mitológicas, os filósofos questionavam-se sobre o ethos e o porquê de estarmos na Terra, além de desenvolverem a teoria do átomo, o movimento celestial e a ética humana. Já na época da Europa Medieval, a Igreja Católica ascendeu a uma posição de poder supremo: criadora de reis, proprietária de terras e transmissora de conhecimento, assumindo para si o papel de ser a única detentora da verdade. Nesse período, gênios como Copérnico, Galileu e Bruno foram alguns dos primeiros a serem “cancelados” e sentirem a mão de ferro da Igreja. O dogma era a lei.
Com a revolução científica, a batalha entre ciência e religião se intensificou e os dogmas da Igreja foram colocados em xeque. No século XVII, surge uma teoria que propõe uma divisão pacífica entre ciência e religião: o Dualismo de Descartes. René Descartes foi quem criou a icônica frase: “Penso, logo existo.” A teoria propunha que a religião assumisse o domínio do invisível, enquanto a ciência ficava com o visível, e dessa aliança nasceu o materialismo. Porém, muitos cientistas tradicionais rejeitaram essa divisão, promovendo a ideia de que somos meras máquinas operando em um universo previsível, governado por leis rígidas e imutáveis, alimentando assim, a ilusão de uma realidade puramente mecânica. Esse zeitgeist científico dominou o mundo acadêmico e cultural, incutindo um paradoxo na nova geração: a ideia de que estamos sozinhos e isolados, como algum tipo de erro solitário, em um planeta solitário, em um universo igualmente solitário. Somos vistos como uma falha genética, cujos genes são transmitidos de geração em geração, mutando aleatoriamente. Essa narrativa mainstream está sendo profundamente incutida no inconsciente coletivo dos jovens, substituindo antigas crenças e moldando sua percepção da realidade com uma lógica fria e calculista. A visão dominante de um universo mecânico, feito de engrenagens e forças interligadas, tornou-se a fé que nos governa.
No entanto, a física moderna revela que isso não é verdade e que essa visão de separação é o que nos destrói como espécie. Um sistema mecânico não se alinha com a complexidade da existência humana, pois a ideia darwinista de que somos seres insignificantes, erros genéticos em mutação destinados apenas à reprodução, já está ultrapassada. Essa visão niilista impede nossa evolução verdadeira. Religião e ciência deveriam caminhar juntas no desenvolvimento humano, pois a ciência é um reflexo da criação. Nesse contexto, a presença do Criador e a dimensão espiritual da vida são essenciais para o desenvolvimento pessoal. Contudo, figuras como George Soros têm buscado, de maneira estratégica, minar a fé no Criador, sacrificando princípios essenciais em nome do lucro. Ao financiar pautas da cultura woke, Soros está forjando um exército de indivíduos sem uma identidade verdadeira, desprovidos de raízes e valores sólidos, manipulados para servir a uma agenda nociva e solitária. Exploraremos esse tópico em maior profundidade na Parte II.