A vida é sobre escolhas: o que comemos, o que lemos, quem elegemos; todos os dias fazemos escolhas que determinam como queremos e iremos viver. Mas, o fato é que muitas dessas escolhas são ilusórias, visto que vivemos em uma era na qual grupos de lobby e grandes empresas nos influenciam e nos manipulam numa escala global, assim como regulamentos e burocracias governam todos os setores. Nossas escolhas diárias se tornaram cada vez mais limitadas, e o “livre mercado”, seja financeiro ou de ideias, é uma grande utopia. Muitos diriam que se trata de mais uma teoria da conspiração, mas basta seguir a origem do dinheiro para encontrar a verdade.
Não é segredo que as guerras promovem lucro incessante: dinheiro para financiar a guerra e dinheiro para reconstruir os países destruídos. Portanto, o dinheiro é visto como o próprio Deus do universo bélico. Os símbolos e mensagens subliminares presentes na nota de dólar – tais como o “Olho da Providência”, mais conhecido como o olho que tudo vê, simbolizando a vigilância do Criador, e a pirâmide do Egito simbolizando o domínio do mundo espiritual – evidenciam o endeusamento da moeda. No topo da pirâmide do dinheiro, jaz uma pequena elite dominando todos os aspectos de nossas vidas, quebrando paradigmas e estabelecendo novos conceitos. Isso serve para ambos os lados do mundo, oriente e ocidente, cada qual com seu grupo de poder. Nós, reles mortais, estamos na base da pirâmide, vivendo nossas vidas diárias. Acima de nós, está o governo, formado por poucas pessoas que detém o monopólio da força, e que o utilizam para nos tributar e nos controlar, quer concordemos ou não. No próximo nível estão as corporações: o axioma inexorável que assombra a hegemonia das nações, já que agora existem empresas e não países que governam o mundo. Como pudemos ver no artigo anterior, é o que John Perkins chama de a “Corporatocracia”.
Para adquirir os recursos e controlar os mercados, a Corporatocracia deve ter acesso ao dinheiro da forma mais econômica possível; por isso, obtêm empréstimos a taxas especiais dos grandes bancos. Isso significa que, aqueles que controlam os grandes bancos, a elite monetária, controlam, em última instância, as empresas. Estes é que estão no topo da pirâmide. Quando esse sistema foi implementado, famílias como Rockefeller, Morgan, Rothschild, Dupont e Bush eram quem davam as cartas, mas a evolução do mundo fez com que o dinheiro mudasse de mão.
O que não mudou foi o fato de que nossas livres escolhas permanecem cada vez mais distantes, pois existe uma força oculta atuando nos bastidores. Em 1776, Adam Smith descreveu essa força oculta como “a mão invisível” que operava o mercado financeiro.
O conceito de “mão invisível” por Adam Smith
Adam Smith foi um economista e filósofo escocês, muitas vezes referido como o “pai da economia”. Sua obra mais famosa, “A Riqueza das Nações”, lançou as bases para a economia clássica e inspirou significativamente o pensamento econômico moderno. O conceito de Smith sobre a mão invisível é frequentemente citado em discussões sobre os benefícios do capitalismo e do livre mercado. A definição mainstream do termo é a ideia de que indivíduos busquem involuntariamente seus próprios interesses em uma economia de livre mercado, para que assim contribuam com o bem-estar econômico geral da sociedade de maneira orgânica.
É importante notar que a mão invisível é uma construção teórica. Os mercados na vida real exigem regulamentações para resolver questões como desigualdade de rendimentos, falhas de mercado ou problemas geopolíticos. Críticos argumentam que confiar apenas na mão invisível não é o suficiente, e que a ‘intervenção governamental’ é necessária para garantir que uma economia gire. Portanto, a mão invisível altruísta de Adam Smith não existe. A grande “mão” que existe é, na verdade, a grande mão de ferro do Estado, manipulando e direcionando as massas através do dinheiro. Para infelicidade dos que estão na base da pirâmide, este sistema monetário atual se baseia no livre mercado para negociação financeira, mas produz ZERO para a sociedade em si. O dinheiro é perseguido por causa do dinheiro, e nada mais.
Como pudemos observar, a mão invisível do mercado financeiro é um pensamento utópico, a verdade é que existem mãos de carne e osso manipulando a história do mundo. Nesse ciclo vicioso de dinheiro e poder, essas mãos oscilam de donos de tempos em tempos, surgindo de acordo com o desenvolvimento da sociedade e os avanços tecnológicos. Contudo, para esta pequena elite dominante, brincar de guerra é como jogar um jogo de tabuleiro. Seu modus operandi pode ter sofrido mudanças ao longo dos anos, mas o que não mudou foi o fato de que continuamos sendo manipulados pelas mãos dos senhores das guerras.
O império Rothschild
Com uma fortuna estimada em mais da metade da riqueza global, os Rothschilds ficam atrás apenas da Igreja Católica em termos de riqueza e poder ocidental. Proclamados fundadores do Estado de Israel por conta de sua forte influência na Declaração de Balfour, a Casa Rothschild é um dos nomes mais mencionados no universo das teorias da conspiração e ocupa um importante papel no topo da pirâmide.
Mayer Amschel Rothschild (1744 – 1812) foi um banqueiro judeu-alemão e fundador da dinastia bancária Rothschild. Os filhos de Rothschild estabeleceram o seu sistema bancário na Europa do século XVIII, especialmente em Londres, a joia do Império. Referido como o pai fundador das finanças internacionais, Mayer Amschel Rothschild enriqueceu a família principalmente através do financiamento de guerras, emprestando dinheiro a governos em conflito e perpetuando as guerras nessas nações. O objetivo não era apenas o enriquecimento da Casa Rothschild, mas também o empoderamento da família por meio de relevantes conquistas. O forte vínculo familiar e sua forma única de fazer negócios os renderam sucesso até os dias de hoje.
Muitos escândalos envolvendo os Rothschild nutriram teorias conspiratórias e antissemitas, chamando equivocadamente sua trajetória de agenda sionista. Entretanto, essa não parece ser uma agenda sionista proveniente dos Protocolos dos Sabios do Sião, documentos que indicam uma conspiração elaborada pelos judeus sionistas para dominar o mundo. A teoria sionista de dominação mundial pode ser apenas uma cortina de fumaça. A vitimização antissemita camufla os verdadeiros objetivos da família, pois existem documentos que provam o financiamento dos bancos centrais, encabeçados por famílias como os Rockefeller e os Rothschild, em ambos lados da Segunda Guerra Mundial. Mesmo tendo participado financeiramente no extermínio de sua própria etnia, os Rothschild se apropriaram de Jerusalém.
A ligação entre a família Rothschild e Israel é, principalmente, de natureza histórica e financeira. No final do século XIX e início do século XX, membros da família Rothschild, particularmente o Barão Edmond James de Rothschild, forneceram um apoio financeiro significativo aos esforços de assentamento judaico na Palestina, até então parte do Império Otomano. Esse apoio desempenhou um papel crucial no desenvolvimento inicial das comunidades judaicas no que mais tarde se tornaria o Estado de Israel.
Os Rothschild têm financiado tanto vencedores quanto perdedores em conflitos desde as Guerras Napoleônicas do século XIX, revelando um poder financeiro que vai além do que se pode imaginar. Atualmente, o patrimônio líquido da família é estimado em $1,2 trilhão de dólares. Este sucesso se deve à infalível fórmula Rothschild para obter lucro infinito: governos precisam de dinheiro para armamentos, e empresas necessitam de recursos para fabricar essas armas. Os bancos são a chave principal desse financiamento.
O império Rockefeller
Não podemos falar do ciclo de dinheiro e poder sem falar do império petrolífero. Nossas principais fontes de energia são combustíveis fósseis, tais como petróleo, gás natural e carvão. São chamados de combustíveis fósseis, porque provêm de fósseis de florestas antigas e de material orgânico, transformados em fonte de energia para todas as nações. Nossa dependência em fontes de energia assegura nossa dependência nestas companhias, que continuam recebendo lucro ilimitado. O monopólio que retém esses recursos mina alternativas energéticas, controla as reservas globais e mantém preços elevados do petróleo, recurso fundamental para o desenvolvimento de guerras.
O império petrolífero Rockefeller começou em 1870, quando John D. Rockefeller (1839 – 1937) fundou a Standard Oil e se tornou o primeiro milionário da América do Norte. Com o tempo, a Standard Oil se transformou em outras empresas, tal como a ExxonMobil, chegando a ter 90% de todo petróleo dos Estados Unidos. Consequentemente, o interesse por esse recurso se estendeu aos interesses geopolíticos, especialmente em regiões ricas em petróleo, como o Oriente Médio. E, por conta do controle sobre o fornecimento de petróleo, a Standard Oil desempenhou um papel crucial em vários conflitos armados, incluindo a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, em que o petróleo era um recurso estratégico vital para o poder militar.
Durante a década de 1930, os Rockefeller pressionaram intensamente o governo dos Estados Unidos a travar uma guerra contra o Japão. Eles enxergavam o país como um concorrente vigoroso de recursos de petróleo e borracha no Sudeste Asiático, o que significava uma ameaça à sua expansão de um amplo “mercado chinês” para produtos derivados de petróleo. O objetivo, portanto, era a eliminação do Império Britânico como rival e a subjugação e conquista do Japão. Para atingir seus objetivos, a Casa Rockefeller não mediu esforços para precipitar a Segunda Guerra Mundial, pois, a Revolução Comunista Russa também representava uma séria ameaça ao monopólio global do petróleo e à expansão mundial do crescente Império Rockefeller. Com o desenrolar da Primeira Guerra Mundial e a consequente erosão do poder e prestígio do Império Britânico, a Standard Oil assegurou a concessão do vasto domínio petrolífero na Arábia Saudita. No entanto, toda a região do Oriente Médio, incluindo o controle dos campos petrolíferos do Cáucaso e da Arábia Saudita, estava em risco de cair nas mãos dos comunistas. Em função disso, os Rockefeller continuaram injetando recursos financeiros e influenciando governantes, para garantir, com sucesso, seu monopólio sobre os recursos naturais da região.
Recentemente, o nome dos Rockefeller, em conjunto com o nome de George Soros, vêm sendo associados a movimentos antissemitas que ocorreram em várias universidades dos Estados Unidos. Três grupos de militantes montaram tendas no gramado das universidades de Columbia, Harvard, Yale e Berkeley na Califórnia, bem como na Ohio State University e Emory na Geórgia, para incitar uma explosão de protestos radicais contra Israel. Todas as ocupações foram organizadas por filiais de grupos pró-Palestina, tais como os Estudantes pela Justiça na Palestina (SJP), Voz Judaica pela Paz (JVP) e Dentro de Nossa Vida. Uma análise do NY Post mostra que todos os três receberam dinheiro de grupos ligados a Rockefeller Foundation, a Open Society de George Soros, e dentre outros bilionários. O fundo Rockefeller Brothers Fund é presidido por Joseph Pierson, e inclui David Rockefeller Jr., membro da quarta geração da dinastia petrolífera, em seu conselho de administração. Contraditoriamente, a organização sem fins lucrativos afirma doar dinheiro para o “desenvolvimento sustentável” e a “construção da paz”. Porém, o antagonismo de suas ações certificam que seus objetivos reais não incluem promover a paz na sociedade, mas sim alcançar riqueza e poder. Se em guerras passadas o interesse da família era impedir a disseminação do comunismo, agora seu objetivo é o oposto: ao subsidiar grupos extremistas pró-Palestina, a Fundação Rockefeller está financiando a Esquerda nos Estados Unidos. Isso é uma prova concreta de que a intenção da família Rockefeller não é o desenvolvimento sustentável e a construção da paz, mas sim perpetuar o caos e lucrar com ele.
Os obscuros tentáculos da influência Rockefeller não cessam por aí. Utilizando a Fundação Rockefeller e suas gordas doações, eles ampliaram significativamente seus monopólios, exercendo controle sobre os meios de comunicação, a educação e a indústria farmacêutica. Entretanto, apesar do domínio Rockefeller se estender para diversas áreas, o constante financiamento de guerras faz com que seu monopólio do sistema monetário seja o mais devastador.
“Quem controla o abastecimento de alimentos controla as pessoas; quem controla a energia pode controlar continentes inteiros; quem controla o dinheiro pode controlar o mundo.”
Henry Kissinger
O império Morgan
Gigante do mercado financeiro, o americano John Pierpont Morgan (1837 – 1913) também está no topo da pirâmide do dinheiro. Embora seu nome não circule com frequência nas rodinhas de teorias conspiratórias, sua trajetória incita curiosidade. Oriundo de uma infância sombria, JP Morgan foi vítima de privação social por conta de sua saúde debilitada, o que o obrigou a se dedicar inteiramente aos estudos. Décadas depois, esses estudos lhe renderiam o posto de maior financista e banqueiro americano, desempenhado um papel significativo na formação da paisagem econômica dos EUA.
Odiado por alguns e admirado por outros, JP Morgan fundou sua primeira empresa em 1861, acumulando vastas riquezas durante a Guerra Civil americana. Uma das fagulhas da discórdia, que coloca JP Morgan no caldeirão das teorias conspiratórias, foi o caso Hall Carbine, envolvendo a compra de 5.000 rifles obsoletos do governo a $3,50 cada. Por meio de ajustes mínimos realizados pelo consórcio comprador, esses mesmos rifles foram repassados quase instantaneamente ao próprio governo por $22,00 cada, marcando um aumento de preço de mais de 600%. Fazer fortuna em cima de armamento bélico certamente atraiu críticas públicas e governamentais, pois fomentar conflitos só incitaria tragédia para a população e beneficiaria os senhores da guerra.
Devido à sua influência opulenta nos mercados financeiros e nas finanças do governo, a família Morgan exerceu pressão sobre as políticas governamentais relacionadas à guerra e à economia, buscando proteger seus interesses econômicos e garantir lucros durante os conflitos. Durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundial, o Morgan Bank desempenhou um papel importante no financiamento militar dos Estados Unidos e de seus aliados, fornecendo capital e facilitando transações financeiras.
John Pierpont Morgan foi uma figura central no desenvolvimento do capitalismo americano, e seu legado como banqueiro, financista e industrialista permanece influente até hoje. Em suma, seja através do controle de recursos estratégicos, como o petróleo, ou através do financiamento bélico e influência sobre as políticas governamentais, tanto a família Rockefeller quanto a família Morgan tiveram influência significativa nos assuntos econômicos e políticos dos Estados Unidos, o que, por sua vez, impactou seu envolvimento em conflitos armados. Mas, foi na Ilha de Jekyll que esses magnatas se reuniram para dar a cartada final e selar o destino do Ocidente.
A Criatura da Ilha Jekyll
Em 1910, um grupo da elite financeira dos EUA embarcou numa viagem de mil milhas que os levou a Atlanta, depois a Savannah e, finalmente, à pequena cidade de Brunswick, na Geórgia. À primeira vista, Brunswick pareceria ser um destino improvável. Localizada na costa atlântica, a cidade era, sobretudo, formada por uma vila de pescadores com um pequeno, mas movimentado porto de algodão e madeira, e tinha uma população de apenas alguns milhares de cidadãos. Nessa época, as Ilhas do Mar, que abrigavam a costa da Carolina do Sul à Flórida, já haviam se tornado populares como destino de férias para os milionários. Uma dessas ilhas, perto da costa de Brunswick, havia sido recentemente comprada por J.P. Morgan e por vários de seus sócios. Era para lá que eles se refugiavam para caçar patos ou veados, e para escapar dos rigores do frio. Esse refúgio paradisíaco chama-se Ilha Jekyll, onde foi criado o Sistema da Reserva Federal dos Estados Unidos.
Em seu livro, “A Criatura da Ilha Jekyll”, G. Edward Griffin investiga a história da criação do Sistema da Reserva Federal dos Estados Unidos (FED) e suas consequências no mundo ocidental. Griffin é cineasta e autor americano, considerado teórico da conspiração pela rede mainstream por desmascarar o esquema do sistema monetário norte-americano. No livro, ele explica como a Reserva Federal foi estabelecida, e de que maneira proporcionou um mecanismo para centralizar o controle sobre os recursos monetários do país, dando aos banqueiros uma influência significativa sobre a política econômica mundial. Ele conta também como um grupo de banqueiros poderosos se reuniu secretamente na Ilha Jekyll em 1910 para elaborar a legislação que estabeleceria o Sistema da Reserva Federal, e que serviria de base para o sistema monetário no Ocidente até os dias de hoje.
Através da sua capacidade de criar dinheiro a partir do nada, Griffin argumenta em seu livro que a Reserva Federal, além de ser incapaz de alcançar os seus objetivos declarados, tal como um sistema econômico socialista, também cria instabilidade econômica, incentiva a guerra e, em última análise, atua como um instrumento de totalitarismo. Ele explica que, ao longo dos últimos 400 anos, famílias poderosas jogaram em ambos os lados das guerras para obter ganhos financeiros, fazendo assim com que, alguns intervenientes de longa data estejam no centro do financiamento e da orquestração deste caos. Isto é, para sustentar esse processo, os dois lados do conflito são financiados, garantindo a ameaça perpétua de guerra — processo que Griffin chama de “fórmula Rothschild”. O autor do livro aponta para as influentes famílias Rockefeller, Rothschild e Morgan como os intervenientes que permitiram aos bancos centrais implementarem esse modelo. Ele sugere que a aplicação dessa fórmula pode ser vista em estudos minuciosos das Guerras Mundiais, da Revolução Bolchevique, da Guerra Civil dos EUA e de inúmeras outras guerras desde o século XVIII.
Segundo Griffin, a fórmula Rothschild possui diversos aspectos importantes e é amplamente utilizada em conflitos armados ao redor do mundo. O país que adota essa estratégia não precisa estar diretamente envolvido na guerra, apenas no financiamento de armas. Ao conceder empréstimos a nações subdesenvolvidas, que estão em guerra ou enfrentam crises semelhantes, as grandes potências conseguem manter e ampliar seus déficits, perpetuando a dependência através da dívida. Governos e líderes que rejeitam esses empréstimos são demonizados pela mídia e eliminados pelos oponentes que foram agraciados com suporte financeiro. Para fomentar o conflito, essa elite dominante utiliza a mídia para amplificar o problema, criando uma ameaça crível de guerra. Nos Estados Unidos, o termo “warmonger” é usado para descrever aqueles que promovem o belicismo. Esse pequeno grupo de titãs tem o poder de conduzir um país ao caos, levando a nação a uma guerra sem fim.
A centralização do controle sobre os recursos financeiros estava bastante avançada nos Estados Unidos em 1910, e, como já visto, haviam duas famílias em particular que exerciam o controle: o grupo Morgan e o grupo Rockefeller. Dentro de cada órbita, havia um labirinto de bancos comerciais e empresas de investimento que comandavam os recursos financeiros governamentais e os cenários geopolíticos. Na Europa, o mesmo processo avançou ainda mais com os grupos Rothschild e Warburg. Nesse cenário, a Europa inicia seu século de guerra, que se desenrolou mundialmente por meio dos órgãos provenientes da Reserva Federal dos Estados Unidos, tais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Os objetivos anunciados dessa parceria eram facilitar o comércio, estabilizar as taxas de câmbio e ajudar países subdesenvolvidos em recursos. Porém, Griffin afirma que suas verdadeiras metas envolviam o lucro e o poder incessante dessas instituições causados pelas dívidas geradas em guerras, fazendo deles os senhores da guerra.
“A reunião secreta na Ilha Jekyll, na Geórgia, na qual a Reserva Federal foi concebida, foi o nascimento de um cartel bancário para proteger seus membros da concorrência. A estratégia era convencer o Congresso e o público de que este cartel era apenas uma agência do governo dos Estados Unidos.”
G. Edward Griffin
George Soros
Considerado o maior especulador financeiro da história, o judeu húngaro George Soros (1930) é outro nome bastante mencionado em teorias da conspiração espalhadas pelo mundo. Originário de um passado de guerras e perseguições antissemitas, o empresário e economista é conhecido por sua visão controversa sobre a sociedade e sobre a maneira de fazer dinheiro em cima dela. Sua postura colérica no mercado de ações lhe rendeu fama e um patrimônio pessoal de $6.7 bilhões de dólares, e suas empresas são avaliadas em cerca de $25 bilhões de dólares. Entretanto, apesar das claras evidências capitalistas em torno de sua fortuna, é como filantropo socialista que Soros vem se destacando nos últimos anos.
George Soros acredita que nossa realidade é muito mais dinâmica e caótica do que parece a olho nu, e que as percepções enviesadas dos seres humanos fazem com que se comportem irracionalmente. Isso os torna presas fáceis e suscetíveis às narrativas que beneficiam o mercado financeiro. De acordo Soros, as distorções do mercado operam em ambos os lados; não só os participantes do mercado podem atuar como Robin Hood, mas suas opiniões tendenciosas podem influenciar o curso dos acontecimentos, o que podemos chamar de programação preditiva. Para ele, é falso que os mercados antecipem com precisão os desenvolvimentos que estão por vir: a verdade é que não são as expectativas presentes que correspondem aos acontecimentos futuros, mas sim, os acontecimentos futuros que são moldados pelas expectativas presentes. Isso é o que Soros chama de Reflexividade, ou em outras palavras, uma profecia autorrealizável.
A Teoria da Reflexividade no mercado econômico introduzida por Soros é amplamente difundida no mundo das especulações financeiras. De acordo com esse argumento ‘quântico’, a narrativa imposta exerce influência sobre a realidade, transformando-a na própria realidade. Os indivíduos, suas ideologias e seus interesses voláteis são os principais agentes influenciadores do sistema monetário. Em suma, a economia é vista como um reflexo de seus participantes, em vez de ser exclusivamente determinada por leis naturais, como Adam Smith idealizou. Não é por acaso que o primeiro fundo de investimento criado por Soros, em 1973, se chama “Grupo Quântico de Fundos” (Quantum Group of Funds). A teoria da reflexividade usada por Soros se assemelha à Teoria do Caos, cujo principal preceito é que a noção subjacente de pequenas ocorrências afetam significativamente os resultados de eventos aparentemente NÃO relacionados. Quem nunca ouviu falar do efeito borboleta? Seria essa tese aplicada ao mercado financeiro. Em seu livro, “A Alquimia das Finanças”, George Soros não esconde seu modus operandi e a figura materialista que é: “Sou fascinado pelo caos, é onde realmente ganho meu dinheiro.”
Ao afirmar que ganha dinheiro por meio do caos, Soros atesta que lucra em cima de guerras. Entretanto, o cenário de guerra mudou, e a atenção do público tornou-se a fonte de energia mais poderosa do mercado econômico atual, o petróleo da nossa época. Hoje, quem domina o mundo não domina apenas o dinheiro, mas sim o pensamento humano. Garantir audiência tornou-se o mercado prevalecente da nova era, pois o mundo das ideias é o que direciona as massas para lá ou para cá. Diferentes das guerras sangrentas do século XVIII, as guerras dos séculos XIX e XX se tornaram guerras ideológicas e sem fim. É nesse caos de narrativas que o senhor da guerra ideológica, George Soros, edifica seu reinado.
Sua fundação progressista, Open Society Foundation, criada em 1984, continua a atrair adeptos ao preconizar uma sociedade liberal, onde as pessoas são autônomas, expressam seus pensamentos e seguem seus objetivos. Inspirada no livro de Karl Popper, “As Sociedades Abertas e Seus Inimigos”, a Open Society é uma rede mundial de filantropia que defende a liberação das drogas, a legalização do aborto, a liberação de presos rotulados por eles como “não violentos” e o reconhecimento legal da fluidez de gênero entre crianças e adolescentes. Antes militante comunista, o professor de filosofia, Karl Popper, converteu-se em um liberal convicto, tornando-se referência no pensamento mundial econômico e guru pessoal de George Soros. A Open Society é conhecida por financiar movimentos como o Black Lives Matter, que foi denunciado por inúmeras falcatruas nos últimos anos, e o Instituto Anis, uma organização não-governamental brasileira pró-aborto. Críticos acreditam que este jargão “sociedade aberta” nada mais é do que um termo virtuoso para mascarar seu verdadeiro objetivo, que é a implementação do comunismo mundo afora. Ao financiar a militância comunista, George Soros está efetivamente financiando a revolta no Ocidente.
Desde a sua concepção, a Open Society foi responsável por um montante de 32 bilhões de dólares em doações pelo mundo, destinando em um único ano cerca de R$107,2 milhões a entidades que operam no Brasil. Uma investigação realizada pela Gazeta do Povo revela que aproximadamente cem ONGs brasileiras foram beneficiadas pelos recursos da Open Society. Essa nova direção de caminho concedeu a George Soros ainda mais poder ao puxar os cordelinhos do cenário econômico. Tudo isso, veja bem, sem nenhum mandato democrático.
“Continuo dizendo às pessoas que elas não deveriam ser enganadas por mim. E não deveriam ser enganadas, porque esse não é o curso normal dos acontecimentos. Sou uma espécie de deus ex machina – sou algo antinatural”
The New York Times
George Soros está bastante à vontade com a imagem pública que ele próprio construiu, considerando-se alguém com autoridade para decidir quando as regras podem ou não ser quebradas. Ao contrário do que alguns sugerem, ele não se assemelha a um Robin Hood moderno, tirando dos ricos para dar aos pobres; na verdade, ele é o coringa do jogo. Soros exerce influência sobre governos e gigantes financeiros de um lado, enquanto do outro constrói fortunas ao investir em guerras civis e ideológicas. Embora ele desempenhe o papel de salvador global para a Esquerda, Soros continua a ser uma espécie de renegado no mundo financeiro, um homem que assume riscos tão ousados que até membros do Congresso dos Estados Unidos estão tentando descobrir como funciona exatamente o seu jogo. Em uma entrevista ao The New York Times de 1994, ele não negou sua ambiguidade: “Você sabe, na minha capacidade pessoal, não sou realmente uma pessoa filantrópica altruísta. Sou muito egocêntrico.”
O nome de George Soros voltou a circular na mídia como suposto interlocutor das manifestações revolucionárias recentes a favor da Palestina em universidades conceituadas dos Estados Unidos. De acordo com o New York Post, estudantes estão sendo financiados pela Open Society para promover protestos radicais e ocupações nas universidades de Columbia, Harvard, Yale, Berkeley dentre outras. Esses ativistas remunerados estão sendo incentivados a organizar campanhas lideradas pelos grupos palestinos e, alegadamente, estão recebendo de $2.880 a $7.800 dólares por pessoa. Desencadeados pela ofensiva de Israel em Gaza, seguida de um ataque sangrento dos militantes do Hamas, esses protestos têm cunho de guerra civil, e fazem parte de uma agenda muito maior: a desestabilização do Ocidente.
Originadas na Universidade de Columbia, as manifestações se espalharam pelo país e resultaram na detenção de centenas de pessoas. Segundo a investigação do NY Post, o financiamento proveniente da fundação de George Soros tem desempenhado um papel fundamental na proliferação desses protestos, tanto na Universidade de Columbia quanto em outros locais. A investigação traça o caminho do financiamento de Soros para instituições como a “Campanha dos EUA pelos Direitos Palestinos” (USCPR), o movimento “Estudantes pela Justiça na Palestina” (SJP) e “A Voz Judaica”, por meio de uma rede de organizações sem fins lucrativos. Conforme a matéria feita pela Fox News, desde 7 de outubro, o SJP tem sido extremamente agressivo e ameaçador em suas ações nas universidades dos Estados Unidos. No artigo, a CEO da “Stand With Us”, Roz Rothstein, confirma o uso de convocações violentas pelo grupo, tais como: ‘Globalizar a Intifada’, e ‘Há apenas uma solução, a revolução da Intifada’. Intifada é uma palavra árabe que significa “levantamento” ou “revolta”, e tem sido usada historicamente para descrever as duas grandes ondas de resistência palestina contra a ocupação israelense na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental. O SJP foi suspenso no ano passado pela Universidade Rutgers por provocações agressivas anti-Israel.
“Portanto, não é nenhuma surpresa que um número crescente de universidades esteja tomando a decisão de suspender um grupo de estudantes que combina retórica violenta com violações das políticas universitárias, ameaçando estudantes judeus no campus”.
Roz Rothstein
Panfletos com a declaração “Morte à América” foram distribuídos em um acampamento anti-israel na Universidade de Michigan, conforme relatado por uma testemunha. Um desses panfletos, intitulado “10 teses anarquistas sobre a solidariedade com a Palestina nos Estados Unidos” foi disponibilizado para os alunos e aborda uma ampla gama de ideologias relacionadas ao conflito entre Israel e o Hamas. Em uma das páginas, afirma-se: “Liberdade para a Palestina significa morte para a América”.
Ao financiar grupos extremistas a favor da Palestina e contra sua própria etnia, George Soros está longe de ser o filantropo de esquerda que promove a paz mundial a favor das minorias. No conflito, ambos os lados construíram narrativas que demonizam o oponente, e esses oportunistas do caos são meras ferramentas para reforçar essa animosidade e dificultar a reconciliação. Nesse processo, Soros está seguindo a cartilha de sua fórmula favorita, a Teoria da Reflexividade. Como dito, a teoria sugere que o viés e as percepções dos indivíduos podem influenciar os resultados de mercado e as tendências econômicas. No que tange a guerra Israel-Hamas, a realidade preconcebida pode ser alterada e influenciar tomadas de decisões políticas. As crenças e preconceitos dos governantes podem condicionar suas ações, que, por sua vez, moldam o curso do conflito. A cobertura tendenciosa da mídia e repercussão nas redes sociais reforçam noções preconcebidas e aprofundam essa rivalidade. Isso pode exacerbar o antagonismo, amplificar queixas e reduzir a empatia em relação a outra parte, prolongando a guerra a fim de gerar lucro.
Com 94 anos de idade, George Soros é acusado de empurrar países inteiros a crises financeiras enquanto constrói sua fortuna nababesca. Porém, há um detalhe essencial sobre a rede Soros que a diferencia de qualquer outra organização com uma agenda política forte: seus representantes nunca foram eleitos, não prestam contas ao público e são recrutados a partir do mesmo balão de pensamento liberal esquerdista, faltando-lhes qualquer forma de legitimidade. Em certo sentido, pode-se argumentar que sua fórmula de sucesso opera quase como uma máfia.
Diferente das guerras sangrentas do século XIX, a revolução de Soros não será conduzida nas barricadas, mas nas mentes dos cidadãos. Suas ideias progressistas são atiradas na atmosfera terrestre como supostas soluções para a tão almejada democracia, mas são, na verdade, narrativas que direcionam as massas para o caos.
Guerra psicológica
Em 1983, Yuri Bezmenov, um ex-agente da KGB, fez previsões bombásticas acerca de uma guerra ideológica que eventualmente seria provocada pela Rússia. Na entrevista concedida a Edward Griffin, o dissidente afirma que a Rússia tem o plano de subverter ideologicamente os Estados Unidos a longo prazo. No entanto, por conta de figuras caóticas como George Soros, esse método se espalhou por praticamente todo o Ocidente.
De acordo com Bezmenov, o objetivo é minar a psique do público e criar uma guerra psicológica através de quatro etapas: desmoralização da nação, desestabilização, crise, e por último, normalização. A subversão ideológica implica em mudar a concepção de realidade, incutindo ideias revolucionárias nas mentes dos jovens e disseminando-as em universidades de todo o planeta, exatamente como Soros evangeliza em sua Teoria da Reflexividade. Bezmenov alerta que a espionagem, tão usada na Guerra Fria, é uma técnica de guerra praticamente obsoleta. Hoje, a estratégia fundamental é sobreviver a este sistema de subversão psicológica.
Na época de Bezmenov, não havia internet nem o poderoso algoritmo, o “mago” dos tempos modernos. Manipular as massas nunca foi tão fácil; a guerra psicológica só não afeta quem escolhe se manter alheio ao mundo digital. As redes sociais se transformaram em verdadeiros campos de batalha, com a espionagem cibernética sendo sua principal ferramenta. Ao navegar na internet, o usuário deixa uma pegada digital, que é rastreada e registrada, permitindo que conteúdos similares apareçam em suas telas. Além disso, o algoritmo pode censurar conteúdos que contrariem a política da empresa. Mas quem decide o que deve ser censurado? Quem são os criadores desses algoritmos e estão eles qualificados para tanto poder? Essas são perguntas sem respostas. Por isso, precisamos ter nosso próprio filtro para identificar quando estamos sendo manipulados. O pensamento crítico é de suma importância numa guerra psicológica.
Isso não é mais uma teoria da conspiração
Não precisa ser terra planista e nem usar chapéu de alumínio, caro leitor, a conspiração verdadeira é bem mais simples do que imaginamos. Os senhores da guerra não precisam se reunir e planejar para fazer atrocidades, eles basicamente trabalham com uma suposição primária: maximizar lucros independentemente do dano social e ambiental. Esses bilionários já exercem controle sobre 90% do globo; tudo o que consumimos, tocamos e vemos está majoritariamente nas mãos deles. Mesmo que camuflada por burocratas sem rosto, esta Corporatocracia detém a soberania monetária da Terra.
Se voltarmos à história e olharmos quem controlava a sociedade 6.000 anos atrás, no antigo Egito, não eram os faraós, eram os sumos sacerdotes que apenas nos davam algumas gotinhas de conhecimento para seguirmos dia após dia. O elixir do conhecimento era reservado a pequenos grupos que decidiam quais informações seriam divulgadas ao restante da população. Quem vence a guerra reescreve a história como bem entende.
De repente, toda essa informação, antes restrita a sociedades e organizações secretas e transmitida ao longo de milhares de anos, está disponível através do oráculo de nossa era, o Google. Com a revolução tecnológica, as pessoas passaram a ter computadores e acesso à Internet, dando início a tão famigerada guerra de informação. Fatalmente, essas informações estão chegando com ruído, e parece que não temos mais acesso aos fatos, apenas a narrativas que visam engajamento.
Esse processo de guerra psicológica se desenvolveu não só na Europa e nos Estados Unidos, mas em todo Ocidente. Uma guerra contra valores e princípios, uma guerra contra um conceito de homem mau. O objetivo é manter o resto da população atrasada e estúpida, e por isso incentivam um entretenimento tão banal e promíscuo, que anula o pensamento crítico. Embutida nessa crença, há uma ideia que afirma que o ser humano não passa de um animal irracional, que não possui capacidade de centelha criativa, e que não tem de fato livre arbítrio. Por isso, não poderíamos agir moralmente ou imoralmente, simplesmente fazemos o que nossos desejos dizem. Vivemos a era do hedonismo digital, quando o que vale é ser popular e sinalizar sua virtude nas redes. Isso entre os reles mortais. Entre os senhores da guerra, o ápice do prazer é atingido no topo da pirâmide, agitando o caos e direcionando a história da humanidade como em um jogo de tabuleiro.